terça-feira, 30 de junho de 2015

Sobre a Terceirização

No país, recentemente uma série de discussões tem sido realizadas, para compreender os efeitos das  tramitações e negociações ocorridas no Congresso Nacional, sobre Previdência Social, Terceirização e por consequência a precarização do trabalho. 
Por orientação da Dra. Maria Maeno, tivemos acesso à pagina do grupo de pesquisa trabalho e capital, que você também pode acessar, clicando neste link a equipe do CEREST conheceu um excelente documentário sobre Terceirização. 
Segue a justificativa do grupo de pesquisa sobre o documentário  (texto publicado no youtube):

"No momento atual em que o argumento da moralidade esparrama pelo país, nada mais oportuno que examinar o fenômeno da terceirização, sobretudo pela coincidência de que nesse mesmo momento o setor econômico, ligado às grandes corporações (muitas delas envolvidas com os escândalos da corrupção), pressiona o Congresso Nacional (PL 4.330/04) e mesmo o Supremo Tribunal Federal (ARE 713211) para conseguir ampliar, de forma irrestrita, as possibilidades jurídicas da intermediação de mão-de-obra. A contradição é latente vez que a terceirização nos entes públicos constitui uma das maiores facilitações para o desvio do erário, ao mesmo tempo em que conduz os trabalhadores, ocupados nas atividades atingidas, a uma enorme precarização em suas condições de trabalho e em seus direitos.
Além disso, o projeto constitucional, inaugurado em 1988, em consonância, enfim, com os ditames da Constituição da OIT, de 1919, elevou os direitos trabalhistas a direitos fundamentais, ampliando o conceito de direito de greve e no aspecto da moralidade administrativa estabelecendo o concurso como forma obrigatória de acesso ao serviço público, prevendo exceções que em nada se assemelham às contratações de empresas para prestação de serviços “terceirizados”.
“Terceirizado, um trabalhador brasileiro”, produzido pelo Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital, da Faculdade de Direito da USP, sob coordenação do prof. Souto Maior, é um documentário-denúncia, que mostra alguns dos efeitos nefastos da terceirização para os trabalhadores, notadamente no setor público, e o grave problema da perda de compromisso dos próprios entes públicos, no Executivo, no Legislativo e no Judiciário, com o respeito à Constituição, vez que esta, como dito, toma os direitos dos trabalhadores como fundamentais e não autoriza a terceirização no serviço público, ainda mais em atividades tipicamente administrativas, cabendo deixar claro, em razão das confusões ideológicas do momento, que a prática inconstitucional da terceirização obteve impulso decisivo nos anos 90, como efeito do projeto neoliberal do governo do PSDB, mas que não foi obstado nos anos seguintes, como se vê, no documentário, o que demonstra que os problemas de moralidade, hoje na mira midiática, não são “privilégio” deste ou daquele governo, mas um dado endêmico do modelo de sociedade capitalista.
As perguntas que o documentário deixa no ar são: se você soubesse o que acontece com os trabalhadores terceirizados, o que você faria? Não daria a menor importância?
E mais: estamos mesmo, todos nós, dispostos a fazer com que se cumpram os preceitos da Constituição Federal de 1988? Ou os interesses econômicos particulares, a busca de “status”, a afirmação das desigualdades, as conveniências políticas partidárias e as lógicas corporativas continuarão ditando nossos comportamentos?
Fato é que o tema da terceirização nos obriga a um posicionamento expresso, não deixando margem a dissimulações, dada a sua inevitável materialidade, que gera, no plano formal, uma afronta direta à Constituição, mesmo no que se refere às atividades empresariais na iniciativa privada, já que o projeto constitucional é o da valorização social do trabalho, a eliminação de todas as formas de discriminação, a elevação da condição social dos trabalhadores e a organização da economia seguindo os ditames da justiça social.
As imagens e relatos apresentados no documentário são irrefutáveis, servindo como um grande instrumento de luta para a defesa dos direitos da classe trabalhadora, além de se prestar a um questionamento crítico da sociedade como um todo e sobre o papel do Estado.
Vale conferir!"

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Em tempo... As avaliações sobre o proposto no Relatório de Gestão de 2014



No início do ano de 2015 nos reunimos para rever o que foi proposto no relatório de Gestão de 2014 progrediu e continuará sendo colocado em prática em 2015.

Assunto: Construção Civil

Assunto em pauta desde 2014, tem progredido gradualmente pelo esforço constante da técnica de segurança do CEREST Sandra Mara Santos e supervisora do CEREST Luciana Caluz Carvalho Pereira, através da aproximação com Sindicato da Construção Civil, foi estruturada uma estratégia de orientação dos trabalhadores que será realizada no próprio canteiro de obras, possibilitando uma aproximação e conversa com os trabalhadores sem que os mesmos precisem deixar o trabalho para isso.
Assunto: Trabalho Infantil
Projeto ao qual a Terapeuta Ocupacional do CEREST Camila Costa Ribeiro, tem se dedicado de maneira brilhante, tem expandido suas ações, construindo uma rede que conta com o apoio de atores sociais da Educação do Município e em 2015 contará com a rede do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) do município de Marília. Camila com o apoio de Luciana Caluz e demais profissionais do CEREST organiza uma possível expansão do trabalho de orientação quanto ao trabalho infantil para municípios da região. 
Assunto: Acidentes de Trajeto no município de Marília 
Projeto que exige atenção constante da técnica de segurança do CEREST Emilene Ricardo de Oliveira há alguns anos, buscará em 2015 fortalecer o trabalho idealizado junto a parceiros como UNIMAR, Polícia Militar e Bombeiros, com o apoio constante da EMDURB.

Assunto: INSS

Ação norteada por Luciana Caluz, com o apoio técnico dos médicos Laís Machado Tápias Raineri e Rogério Haber Badiz, iniciou o ano de 2015 com um ganho. Fora realizada uma reunião inicial de aproximação CEREST e INSS para problematizar informações importantes sobre agravos de saúde do trabalhador registrados pelo Cerest, com a intenção de melhorar as ações de benefício dos trabalhadores que são atendidos pelo CEREST, bem como de reflexão a respeito das ações de reabilitação de trabalhadores realizada pelo INSS.

Assunto: Matriciamento 

A realização de matriciamento nas unidades municipais será realizada no segundo período de 2015, neste momento é hora de contribuir para que os profissionais das unidades de saúde, possam se dedicar integralmente às ações de prevenção de novos casos de dengue e demais casos que exijam atenção assistencial. Mas na região, o projeto de matriciamento tem colhido frutos desde 2014. Sob coordenação e dedicação de Nastássia Uchiama Andrade Lopes e apoio de toda equipe, tem sido realizado um projeto de acompanhamento junto às equipes de vigilância da região quanto a realização de controle de acidentes de trabalho nos municípios e ações de inspeção quando necessárias. As ações de matriciamento serão iniciadas em 2015 junto às equipes dos municípios do CGR de Marília e mantidas com as equipes de Ourinhos. 

Se você quiser conferir o Relatório de Gestão de 2014 para entender melhor esta avaliação, acesse este link!