quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Sobre o II Seminário Trabalho e Saúde dos Professores: pela promoção da saúde dos docentes


De acordo com a rede social da Fundacentro, " [...] no dia 5 de outubro, celebra-se o Dia Mundial do Professor (Unesco/OIT). Já 10 de outubro é o Dia Nacional de Segurança e Saúde nas Escolas (Lei Federal 12.645/2012). Por fim, 15 de outubro é o Dia do Professor no Brasil. A Fundacentro aproveitou essas datas para realizar uma reflexão sobre a saúde dos professores e as precariedades enfrentadas por esses trabalhadores. Assim foi o II Seminário Trabalho e Saúde dos Professores: pela promoção da saúde dos docentes, realizado hoje, 10 de outubro, na sede da instituição em São Paulo/SP." 
O evento foi iniciado por Renata Paparelli que construiu sua apresentação nos fatores que motivam sofrimento de trabalhadores, em especial os da educação. Taylorismo, fordismo, toyotismo e a exigência de entrega dos trabalhadores para participação no mercado de trabalho foram abordados, considerando que é preciso compreender que há limites subjetivos para suportar a realidade de trabalho, e que isso compreende questões de sobrevivência. De acordo com Paparelli (via Fundacentro) "As transformações no mundo do trabalho têm impacto no trabalho docente também e em sua saúde mental." Trabalho este que também é pautado em metas produtivas para obtenção de recursos e avaliação do trabalho.

De acordo com a Fundacentro, "No período da tarde, a fonoaudióloga e professora da PUC-SP, Léslie Piccolotto, abordou os distúrbios da fala e da voz entre professores, e a pós-doutoranda da Faculdade de Saúde Pública da USP e professora da Unip, Amanda Macaia, falou sobre o retorno ao trabalho após adoecimento mental.
Léslie Piccolotto contou que, no início, havia uma visão de culpar o docente por gritar, mas, com as pesquisas, constatou-se o problema do ruído no ambiente de trabalho e, mais recentemente, que a organização do trabalho é muito mais impactante para a voz do professor do que o ambiente." 
Liéslie ainda reforçou a necessidade de publicação do protocolo de voz para notificação já escrito e em vias de ser publicado pelo Ministério da Saúde.
"Para Amanda Macaia, há um conflito entre a incapacidade e o medo versus o desejo de retornar à sala de aula. “Será que é a mesma coisa sair e voltar por adoecimento mental e por dor na coluna? Não estou fazendo julgamento de valor, mas há diferenças que precisam ser consideradas”, questiona a pesquisadora. Além disso, para alguns professores entrevistados estar readaptado era estar afastado do trabalho, porque não estariam em sala de aula." Com questionamentos como "O que é trabalho para os docentes?" trazendo situações de readaptação ao trabalho e tentativas frustradas destas, foi possível refletir sobre as ferramentas de apoio aos trabalhadores da educação neste processo de afastamento, via CEREST.
Ainda de acordo com a matéria da fundacentro, "No final do evento, foi realizada uma mesa de debate com todos os palestrantes, que teve a coordenação de Cleiton Faria Lima, e que contou com as questões de diversos componentes da platéia, incluindo profissionais de outros CERESTs."

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