quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Amianto

"No mundo, atualmente, mais de 75 países já aprovaram o banimento definitivo do amianto. Números da Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam que 125 milhões de trabalhadores e trabalhadoras em todo o mundo estão expostos ao amianto e que mais de 107 mil trabalhadores morrem por ano em decorrência de doenças relacionadas à exposição ao mineral e suas fibras." É o que aponta a Associação Brasileira de Expostos ao Amianto (ABREA) em seu site.

Ainda segundo a ABREA, “Mesmo o amianto crisotila, extraído no Brasil e que ainda encontrava respaldo legal, submete os trabalhadores e a população em geral a graves riscos à saúde, como cânceres raros, a exemplo do mesotelioma, e a doenças pulmonares, como a asbestose”, afirma Fernanda Giannasi.

A nocividade do amianto é mundialmente difundida, inclusive pela OMS. O órgão estima que cerca de 50% dos cânceres relacionados ao trabalho estão relacionados à exposição ao amianto." Por este motivo em 2018 houve a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria de votos, pela proibição da extração, industrialização, comercialização e distribuição do amianto no Brasil.  Temos assim, o banimento definitivo da substância na indústria brasileira.

A ABREA afirma: "A decisão possui efeito erga omnes, ou seja, é válida para todas as outras ações sobre o tema, o que, na prática, significa o banimento definitivo do amianto em todo o país.

O CEREST de Marília compõe a rede de vigilância garantindo a não comercialização, uso e em caso de necessidade, a manipulação e descarte adequado desse material. Diversas ações foram executadas pela equipe neste sentido. 

E nesta semana, a supervisora do CEREST, Luciana Caluz esteve em São Paulo para participar da Oficina de Alinhamento das Ações do Programa VISAT Amianto baseado nos dados do DATAMIANTO. A Oficina ocorreu em São Paulo sob orientação do Departamento de Vigilância em Saúde do Trabalhador (DVSAT) de São Paulo.

Imagem da Reunião em SP

 O DATAMIANTO (Sistema de Monitoramento de  Trabalhadores e Populações Expostas ao Amianto) é um sistema informatizado, resultado do trabalho do CGSAT de Vigilância sobre o Amianto, desenvolvido em 2019, sob a coordenação da ABRACIT (Associação Brasileira de Centros de Informação e Assistência Toxicológica e Toxicologistas Clínicos) e UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina e o MTP do mesmo estado.

O DATAMIANTO possibilita o registro de informações de planejamento, execução, monitoramento e avaliação de ações de  Vigilância e Assistência de trabalhadores, ex-trabalhadores e população exposta ao amianto. 

Quer saber mais sobre o Amianto?   Acesse os links abaixo: 

Sobre o Amianto (Texto do INCA)

Apresentação CVS-SP sobre Amianto e Saúde do Trabalhador