Relatório de Gestão 2016












CENTRO DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR (Cerest)

           
O Relatório de Gestão é o instrumento da gestão e monitoramento do SUS, regulamentado pela Lei 8.142/1990, e pela Lei Complementar 141/2012, utilizado para comprovação da aplicação dos recursos e apresentação dos resultados alcançados na execução da Programação Anual de Saúde (PAS). É no Relatório de Gestão e no tratamento dos dados obtidos que observamos as atividades desenvolvidas com a equipe e os ajustes necessários para que o trabalho do ano seguinte transcorra da melhor forma possível.
O ano de 2016 foi mais um ano de uso e adaptação às ferramentas de banco de dados no CEREST:
- BPA (Boletim de Produção Ambulatorial)
- CROSS (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde)
- Banco de Acolhimento (Sistema de registro de informação dos pacientes atendidos no CEREST)
- Banco de Notificação Rápida (sistema de informação de produção de dados sobre notificações rápidas de acidente de trabalho) e
- FINAT (banco de registro de acidentes de trabalho moderados e graves).
            O uso das bases de dados traz potencialidades ao trabalho, permitindo o registro dos dados e nos possibilita diversas análises dos mesmos. Mas a adaptação ferramentas, ou mesmo, as atualizações necessárias conforme uso destas torna o processo de trabalho mais complexo.
            O BPA é um instrumento de gestão, criado pelo Ministério da Saúde, para as Unidades Prestadoras de Serviço para transcrição dos quantitativos dos atendimentos prestados nos ambulatórios. A vantagem é que temos dados que explicitam as atividades desenvolvidas, mas o programa não permite a inserção de alguns dados referentes às atividades feitas no CEREST ou ainda tem análises e cruzamentos de dados reduzidos.
            O CROSS é uma surpresa positiva dentre os sistemas de informação inseridos via governo, porque é de fácil uso e permite uma análise mais ampla das vagas ofertadas, utilizadas ou subutilizadas pelo CEREST, bem como, o número de faltantes.
            O Banco de Acolhimento foi criado em consultoria para o CEREST, a fim de registrar e organizar dados referentes aos pacientes atendidos. Esse banco nos trouxe dúvidas na execução da análise de dados no período da edição do Relatório de Gestão de 2015 pela inexperiência em lidar com ele e também pelos ajustes necessários para uso do programa. O uso do banco de dados para análises foi útil e confiável, para a construção do Relatório de Gestão de 2016, tornando-se mais simples o seu manuseio do que em relação ao ano de 2015.
O Banco de Notificação Rápida já abrigava aproximadamente 3200 fichas quando, por um erro de operação do sistema, perdemos todos os dados. A contagem manual, ficha a ficha, nos deu a dimensão do trabalho que é realizado de forma mais prática quando a análise é efetuada no próprio computador. Mas, ao invés de suprimir os dados dos Relatórios optamos por fazer a contagem manual de fichas físicas, para dados sobre notificação de acidentes.
            O Banco da FINAT é utilizado há tempos pelo CEREST e fora construído sobre o perfil epi info, se mostrando mais estável no decorrer dos anos e também, já sofreu muitas adaptações conforme nosso uso, se tornando uma ferramenta útil e confiável.
            Foram tais bancos de dados que nos permitiram a construção desse relatório e a percepção de que o uso destas ferramentas de dados é importante, mas um processo extenso e trabalhoso que necessita do apoio técnico do Núcleo de Informação desta secretaria.
            Além da maior atenção a produção de dados, o CEREST também viveu um processo de aproximação das faculdades (UNESP, UNIMAR e FAMEMA). Acredita-se que a formação do grupo de trabalho destinado a pensar a relação serviço – ensino/escola, na Secretaria Municipal de Saúde, tenha possibilitado a aproximação do CEREST das universidades.
            A proximidade com os estudantes seus questionamentos e visão, tem trazido oxigênio à equipe do CEREST na execução de suas atividades, assim como nos permite pensar sobre a prática aqui desenvolvida.
            Em 2016 também permanecemos na construção de ações de matriciamento com as unidades de Marília e equipes da nossa área de abrangência. E este exercício deu visibilidade à morosidade que os processos de trabalho no setor público vivenciam em períodos de transição política. Com as eleições no fim de 2016 algumas atividades ficaram suspensas, dificultando muitas vezes o trabalho do CEREST.
            Outro ponto importante a ser ressaltado, é referente à implementação em todo o processo de implementação do Programa Nacional de Saúde do Trabalhador. Nos serviços públicos de saúde há uma dificuldade permanente em assumir os Programas transversais (como saúde do trabalhador, da mulher, da criança) que se deve a dificuldade de um olhar ampliado na execução das ações de saúde. A dificuldade é resultado de muitos fatores: o número inadequado de trabalhadores nos serviços, a dificuldade de realizar planejamento e estratégias, definição de prioridades e reconhecimento até mesmo do território também interferem na qualidade das ações de saúde.  
                        
Tipo de Procedimento                                       
Quantidade realizada
2015
Acolhimento (Nível Superior e Médio)                                                                                                                 
345
705*
Atendimento Clínica Médica                                                    
08
08
Atendimento Ortopedia                                                          
634
607
Acupuntura                                                                              
600
875
Fisioterapia                                                                           
1179
1060
Atendimento de Fonoaudiologia                                             
16
41
Audiometria                                                                              
66
51
Terapia Ocupacional                                                              
173
190
Atendimento Psicoterápico                                                      
144
167
Inspeções em Ambientes de Trabalho                              
108
175
Visita Domiciliar de Nível Superior                                                                
123
372
Visita Domiciliar de Nível Médio                                                        
239
169
Atividade Educativa para a população
144
159
Instauração de Processo Administrativo
0
10
Vigilância em Saúde do Trabalhador
868
454
Atividade Educativa em Saúde do Trabalhador
186
266
Terapia em Grupo
17
48
Ações de articulação de redes intra e intersetoriais
0
02
Matriciamento
14
0
TOTAL
4873
5534
 


Fonte: Boletim de Procedimentos Ambulatoriais (BPA)

Ao discutir os itens da tabela uma queixa comum na equipe é a dificuldade em registrar os procedimentos por existir muitos números de cartões SUS sem registros, o que impede a inserção da ação realizada com o paciente no serviço, uma vez que o sistema trava a digitação. Por exemplo, o número de identificação do paciente está incorreto ou quando não tem a definição de cor do paciente no sistema nacional de cartões do SUS que está integrado via internet com o BPA.
Permanece também a dificuldade em registrar diversas ações realizadas por profissionais do CEREST que não estão contempladas entre os procedimentos que integram o BPA, bem como, a dificuldade em registrar determinadas ações para algumas profissões.  Por exemplo, o procedimento “ação de articulação de redes intra e intersetoriais não pode ser registrado para fisioterapeutas, muito embora eles as façam com freqüência. 
Quanto ao número de acolhimentos registrados no BPA nota-se que este é próximo ao número de primeiras consultas em ortopedia no ano de 2016. A diferença entre número de acolhimentos e novas consultas, provavelmente corresponde aos acolhimentos realizados independentes dos atendimentos de ortopedia, tal como o acolhimento para triagem de trabalhadores encaminhados pelo Sindicato ou atendidos em outras terapêuticas.
Quanto aos atendimentos, identifica-se uma queda no número de psicoterapias que está associado ao número reduzido de encaminhamentos, assim como, uma melhora dos pacientes em psicoterapia. O que permite a redução de atendimentos, pois os mesmos passam a ser atendidos a cada quinze ou trinta dias, apenas para acompanhamento antes que seja dada alta. Em relação a demanda reduzida de encaminhamentos foi realizada capacitação com os profissionais de saúde mental da rede (UBS e NASF) com resultados positivos no aumento de encaminhamentos no fim de 2016.
Quanto aos procedimentos de fisioterapia observa-se um aumento. Esse  aumento é devido ao fato de que nos últimos meses de 2016 as profissionais de fisioterapia passaram a registrar cada sessão com o código de atendimento fisioterápico nas alterações motoras (o que já faziam anteriormente) e o procedimento denominado acompanhamento do paciente portador de agravos relacionados à saúde do trabalhador, para cada novo paciente atendido. A inserção desse procedimento elevou o número mesmo que uma das profissionais de fisioterapia estivesse em licença médica.  
Em relação à queda nos atendimentos de fonoaudiologia, chama atenção a redução do número de terapias de voz realizadas, em decorrência da diminuição dos encaminhamentos para esta terapêutica.
            A queda das intervenções de Terapia Ocupacional se deve à greve realizada pela UNESP além da dificuldade das estagiárias registrarem os procedimentos no BPA. É de fundamental importância fomentar estratégias de ensino que assegurem a gestão.
A tabela também evidência uma queda dos registros de inspeção em locais de trabalho, situação esta relacionada à diminuição das notificações e registros de acidentes graves no município de Marília.
            Os dados apresentados apontam para a alteração que fizemos no registro de visita domiciliar de nível superior. O que era registrado como esse procedimento agora é registrado como “vigilância em saúde do trabalhador”, o que reduziu o número de visita domiciliar e incrementou o de vigilância. Essa mudança está em transição, dois profissionais da equipe ainda registram como “visita domiciliar”, mas irão modificar esse registrado em 2017.
            O procedimento de “atividade educativa” para população é o código onde registramos todas as palestras externas quando realizadas por profissionais de nível superior, já os profissionais de formação nível médio o registro destas palestras ocorre sob o código de “atividade educativa em saúde do trabalhador”. Um fator a ser ressaltado é que alguns profissionais não registram uniformemente esse procedimento, mas uma vez identificada essa situação, iremos padronizar o registro em 2017.       
O procedimento de terapia em grupo sofre uma queda no ano de 2016 por uma alteração na dinâmica de atendimento ao grupo. Anteriormente todos os profissionais permaneciam na aula e atualmente só permanece a profissional responsável pelo dia de trabalho grupal, além disso, os números desse procedimento identificam apenas o trabalho da psicóloga e terapeuta ocupacional no grupo, pois esse registro não é permitido às fisioterapeutas.
O procedimento de matriciamento é registrado para poucos profissionais, mas ainda sim, expressa um aumento nos registros em decorrência do direcionamento do trabalho do CEREST para essa ação.
            Com base nas informações discutidas até aqui, verificamos que o BPA muitas vezes traz dificuldades em seu registro e consequentemente em apresentar números que traduzam a realidade de trabalho do CEREST.

Quanto às consultas, no ano de 2016:

TIPO DE ATENDIMENTO DO CENTRO DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR SEGUNDO O NÚMERO DE REGSITROS EM PRIMEIRA CONSULTA E RETORNO EM 2016
 
Tipo de atendimento
Quantidade
%
Novo
329
50,1
Retorno
328
49,9
Total
657
100
 
Temos uma avaliação que este equilíbrio entre o número de consultas médicas e retornos evidenciam a eficácia da proposta de atendimento do serviço. No momento não temos demanda reprimida.
O Sistema CROSS implantado no mês de Junho/2016 detectou que 82,44% das consultas agendadas foram realizadas e portanto 17,56% foi o índice de ausência,  resultado menor se comparado ao ano anterior.

CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO ATENDIDA EM 2016
Para os levantamentos apresentados neste item, foram utilizados como fonte dados os relatórios do programa CROSS e Programa de Registro de Acolhimentos do CEREST.
Segundo o Programa de Registro de Acolhimentos foram atendidos 329 trabalhadores no ano de 2016. Desta amostra, observa-se que as trabalhadoras buscam com mais freqüência o atendimento no CEREST. A idade predominante dos usuários encontra-se na faixa compreendida entre 45 a 59 anos (44.3%). É importante ressaltar que o número de trabalhadores que buscaram o CEREST em 2016 com idade entre 50 e 59 anos dobrou em relação ao ano de 2015. As consultas foram motivadas por problemas osteomusculares em 96% dos casos.
Em relação ao nível de escolaridade temos predominância do Ensino Médio Completo, seguidos pela 5º á 8º incompleto
Os registros relacionados à situação do mercado de trabalho apontam que os trabalhadores atendidos no Cerest são na sua maioria registrados, mas também ocorre um aumento significativo nos registros dos trabalhadores autônomos e informais. 

TEMPO NA FUNÇÃO ATUAL DOS TRABALHADORES QUE FORAM ATENDIDOS NO CENTRO DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR EM 2016
Tempo na função atual
Frequência
Percentual
01 a 03 meses
15
2,34%
01 a 05 anos
273
42,66%
04 a 12 meses
62
9,69%
06 a 10 anos
135
21,09%
11 a 20 anos
98
15,31%
20 a 30 anos
52
8,13%
30 a 40 anos
5
0,78%
TOTAL
640*
100,00%
Fonte:   Fonte: Sistema de Registro de Acolhimento do CEREST
*Importante ressaltar que este total diverge do número do total da situação Ocupacional por termos aposentados e desempregados sem essa informação e pessoas que foram atendidas no ano anterior e que retornaram no ano de 2016.

Quanto ao tempo na função atual, 42% dos trabalhadores atendidos estão de 01 a 05 anos na função e 21% estão de 06 a 10 anos exercendo a atividade. Isso nos permite observar que o trabalhador está procurando atendimento nos primeiros anos de exercício da função.  Este aumento levanta várias hipóteses: que o Trabalhador pode estar buscando atendimento precocemente, facilidade do acesso ao serviço, adoecimento devido o exercício da atividade anterior, atividades extra laborais, processos de trabalho atrelados a metas e bonificações, sobrecarga de trabalho, ambientes inadequados para realização das atividades laborais.
           
QUANTIDADE DE CONDUTAS REGISTRADAS NO CENTRO DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR SEGUNDO BANCO DE ACOLHIMENTO EM 2016

Resultado do Atendimento
Quantidade
Alta a pedido
30
Alta por abandono
70
Alta por melhora
109
Alta sem melhora
01
Alta sem nexo
58
Avaliado
03
Em aberto
274
Enviado para outro serviço
61
Enviado para outros serviços sem nexo
51
Total
657
      Fonte:   Fonte: Sistema de Registro de Acolhimento do CEREST
           
Ao avaliar os dados da tabela, encontramos 42% dos casos em abertos seja por estarem em tratamento em fisioterapia, escola da coluna, terapias ocupacionais, psicoterapia ou fonoaudiologia.  E também por estarem em lista de espera pela interrupção da realização de exames de imagem (devido ao aumento da demanda X número de exames pactuados no ano), ou são pacientes que aguardam tratamentos de fisioterapia há um ano por falta de aparelhos que precisam ser substituídos.  
É necessário também fazer referência à adesão dos trabalhadores ao tratamento, temos encontrados dificuldade quanto a adesão dos pacientes seja por dificuldade de compatibilidade de horário - por estarem ativos no mercado de trabalho - o que dificulta também a liberação para freqüentar atendimentos ou exames e ainda por incompreensão da responsabilidade quanto ao auto cuidado. Além disso, muitas vezes o CEREST não encontra os pacientes os pacientes para agendamento, provavelmente pela situação ativa no mercado de trabalho.
No ano de 2016 tivemos um total de 329 primeiras consultas de ortopedia.  Destes 296 foram solicitados por Unidades de Saúde de Marília, 37 pelos sindicatos e 25 por municípios da área de abrangência do CEREST (Campos Novos Paulista – 11, Guaratã – 06, Alvinlândia – 04 e Oscar Bressane – 04).
Das Unidades existentes, 06 não realizaram nenhuma referência para o CEREST, são elas: Argolo Ferrão, Avencas/Amadeu Amaral, Flamingo, Três Lagos, Vila Barros e Santa Antonieta.
O serviço de fonoaudiologia no ano de 2016 recebeu um total de trinta e sete encaminhamentos para avaliação audiológica. Desse total, seis vieram encaminhados pela rede básica de saúde, sendo um paciente pertencente à USF Palmital, dois à USF Santa Antonieta, dois à UBS Bandeirantes e um da Secretaria da Saúde observando um aumento em relação ao número de encaminhamentos externos no ano de 2015. Os outros trinta e um encaminhamentos foram gerados a partir do acolhimento do CEREST, ou seja, demanda interna, observando-se uma pequena diminuição de sete encaminhamentos em comparação ao ano de 2015. Dos trabalhadores encaminhados, quinze não foram avaliados, onde oito mostraram desinteresse por já terem realizado o exame de audiometria pela empresa através do PCMSO ou por não apresentar queixas e sete faltaram por duas vezes consecutivas sem justificativa. Em 2016, igualmente em relação ao ano anterior, foi gerada a abertura de uma notificação compulsória para PAIR apesar de uma pequena queda no número de visitas de inspeção realizadas em ambientes de trabalho.  
É importante ressaltar que a sala de audiometria ficou desativada durante os três primeiros meses do ano de 2016, por conta da reforma, com a cabine acústica desmontada e os aparelhos com calibração vencida.
Neste ano como estratégia realizamos um projeto piloto de Matriciamento em Educação em ST na UBS – Bandeirantes para tentarmos uma aproximação com a Unidade, bem como conhecer no universo de encaminhamentos gerados na área de otorrino e realizar um levantamento de possíveis casos para investigação de casos ocupacionais. Foram analisados 79 e destes selecionados 07 dos quais 01 compareceu ao Cerest, 02 não foram encontrados, 02 já tinham solucionado o problema e os outros 02 faltaram à avaliação. Percebemos uma avaliação prejudicada pois metade dos pacientes identificados não foram avaliados conforme o proposto.
Neste ano de 2016 realizamos 06 grupos de Escola da Coluna. A convocação dos pacientes para o grupo é o primeiro fator avaliado, neste ano, dos 48 pacientes convocados apenas 21 (44%) comparecem ao primeiro dia de grupo, ou seja, 56% dos convocados não comparecem ao início do tratamento, ainda que confirmem por telefone que virão. Dos que iniciam o tratamento apenas 04 pacientes (19%) o abandonam. Os demais 17 pacientes (81%) melhoram com a estratégia terapêutica.
Estes dados nos permitem afirmar que embora a adesão ao grupo e a eficiência da estratégia terapêutica seja observada, há um absenteísmo para dar início ao tratamento, fato que deverá ser analisado com o objetivo de melhorar a taxa referente a pacientes que iniciam o tratamento com a Escola da Coluna.
  
RELAÇÃO DE EXAMES COMPLEMENTARES REALIZADOS PELO CEREST DURANTE O ANO DE 2016

TIPOS DE EXAMES

QUANTIDADE
Eletroneuromiografia
59
Exames Laboratoriais
09
Outros exames
03
Ressonância
28
Raio X de coluna
80
Raio X membros inferiores
32
Raio X membros superiores
19
Rx outros
04
Tomografia
05
Ultrassom de Cotovelo
45
Ultrassom de Joelho
04
Ultrassom de Mão
16
Ultrassom de Ombro
127
Ultrassom de Punho
36
Ultrassom de Quadril
10
Ultrassom de Tornozelo
-

Total

477


























Fonte:   Fonte: Sistema de Registro de Acolhimento do CEREST

Com relação ao aumento do número de exames no ano de 2016, percebemos que o perfil de queixas dos pacientes sofreu alteração. Houve um aumento do número de queixas osteomusculares (poliarticulares) por paciente, o que pode estar relacionado a sobrecarga de trabalho naqueles que se mantiveram no emprego por redução de quadro de funcionários nas empresas.
Também nesse período identificamos encaminhamentos para outros ambulatórios especializados: Coluna 20, Fisioterapia Central 69, Joelho 04, Mão 26, Ombro 29, Ortopedia Geral 10, Reumatologia 02, Tratamento Externo 01.
Quanto aos encaminhamentos, em relação ao ano anterior, houve um aumento significativo nas referências para outros serviços. Esses números apontam para um maior grau de complexidade dos casos dos pacientes que chegaram ao CEREST gerando encaminhamentos para procedimentos cirúrgicos e tratamentos em outros serviços por falta de nexo entre o adoecimento e o trabalho, além das doenças degenerativas. Esse dado correlaciona-se com a faixa etária predominante nos pacientes que recebem atendimento no serviço, sendo aproximadamente 40% acima dos 45 anos de idade.
Quando os pacientes possuem, concomitantemente, doença relacionada ao trabalho e doenças degenerativas mantém-se em tratamento no CEREST e são encaminhados a Fisioterapia Central e Ambulatório de Ortopedia Geral para o tratamento da patologia sem nexo laboral.

REGISTROS DOS ACIDENTES DE TRABALHO GERADOS PELA UNIDADE DE SAÚDE, EM MARÍLIA NO ANO DE 2016

      Nº. de Fichas
Forma como foram geradas as FINAT’s

234

Através da Notificação Rápida (moderados e graves)

283

Através de Fichas do SINAN
26
Demanda Espontânea nas Unidades
543
TOTAL
                      Fonte: Banco de Dados da FINAT e Ficha de Notificação de Suspeita de Acidente de Trabalho – Cerest

Neste ano há uma mudança na forma como foram geradas as FINAT’s, tem-se um aumento da ordem de 22,5% de registros gerados por meio da Notificação Rápida com relação ao ano anterior e uma diminuição tanto nos registros gerados por meio do SINAN quanto por demanda espontânea. Notamos ainda o número maior de registros de fichas do SINAN em relação aos da Notificação Rápida, isto porque em alguns casos, o órgão notificador registra o acidente diretamente por meio da ficha do SINAN.
Recebemos um total de 3365 Fichas de Notificação Rápida de Suspeita de Agravos de Acidente de Trabalho gerada através dos atendimentos das portas de entrada do município de Marília. Número este inferior aos anos anteriores, porém, em termos de eficiência de investigação dos acidentes, o índice tem aumentado, ou seja, menos fichas têm ficado sem investigação.
Ao somarmos o total de fichas de acidentes de grau grave e moderado geradas por meio da Notificação Rápida (234), com as fichas de grau leve (2117), obtivemos um índice de investigação de 70% do total de fichas registradas de Notificação Rápida, que demonstra que a mudança dos fluxos realizada no ano anterior tornou-se eficaz.

SUSPEITA DE ACIDENTES DE TRABALHO NOTIFICADOS NOS ATENDIMENTOS DAS UNIDADES SENTINELAS DO MUNICÍPIO DE MARÍLIA EM 2016

Unidade Notificante
Nº.
%
Santa Casa
51
1,5
Pronto Atendimento (Zona Sul)
1009
30,0
Hospital das Clínicas
1299
38,6
SAMU
00
0,00
UPA (Zona Norte)
921
27,4
ABHU
51
1,5
UNIMED
02
0,1
OUTROS
32
0,9
Total
3365
100,0
       Fonte: Finat – Ficha de Notificação Rápida de Acidente de Trabalho

Das notificações rápidas enviadas, o maior número delas é proveniente do Hospital das Clínicas com 39%, por se tratar de referência SUS. Já referente ao segundo maior notificador, houve uma mudança em 2016 com relação aos anos anteriores que era o Pronto Atendimento da Zona Norte e agora passa a ser o Pronto Atendimento da Zona Sul com 30%, seguido da UPA (Zona Norte) com 27%. Somados, os três totalizam 96% das notificações rápidas enviadas. Importante relatar que tanto o Pronto Atendimento da Zona Sul, quanto a ABHU registraram aumentos nas notificações com relação ao ano anterior, sendo 34,5% e 50% respectivamente esse aumento, o que atribuímos no caso da ABHU, a sensibilização da equipe de Vigilância do Hospital.

ACIDENTES DE TRABALHO REGISTRADOS NO CEREST, SEGUNDO TIPO DE ACIDENTE OCORRIDO NO MUNICÍPIO DE MARÍLIA EM 2016

Unidades de Saúde
Típico
Doença
Ocupacional
Trajeto





TOTAL

UAS Santa Antonieta
12
0
7
19
UBS Castelo Branco
9
0
4
13
UBS J.K.
4
0
4
8
UBS Alto Cafezal
12
0
4
16
USF Jóquei Clube
1
0
0
1
CEREST
143
124
64
331
UBS Planalto
14
0
5
19
USF Padre Nóbrega
10
0
0
10
USF Altaneira
0
0
0
0
UBS Bandeirantes
6
0
0
6
UBS Chico Mendes
4
0
1
5
UBS São Miguel
3
0
1
4
USF Jânio Quadros
0
0
0
0
USF Figueirinha
0
0
0
0
USF Vila Barros
0
0
0
0
USF Lácio/A. Amaral
5
0
1
6
USF Aeroporto
2
0
3
5
USF Santa Paula
8
0
4
12
USF Vila Hípica
0
0
0
0
USF Palmital
1
0
0
1
USF Aniz Badra
1
0
0
1
USF Prim./Pq.Nações
2
0
1
3
USF Rosália
2
0
0
2
USF Avencas/Flamingo
1
0
0
1
USF Jd. Cavalari
1
0
1
2
USF Vila Real
6
0
3
9
USF CDHU
2
0
0
2
USF Tóffoli
4
0
1
5
USF Pq. dos Ipês
2
0
1
3
USF Santa Augusta
4
0
3
7
UBS Nova Marília
5
0
1
6
USF Vila Nova
0
0
2
2
USF Marajó
5
0
3
8
USF Santa Antonieta II
4
0
1
5
USF Julieta
1
0
1
2
USF Jd. Flamingo
0
0
1
1
USF N. Horizonte
0
0
0
0
USF Jd. Marília
2
0
0
2
USF Três Lagos
0
0
0
0
UBS São Judas
0
0
0
0
USF Jd. América IV
9
0
2
11
USF C. Belo (SH/DIR)
0
0
0
0
USF Jd. Renata
1
0
1
2
USF Jd. Teruel
0
0
1
1
UBS Argolo Ferrão
2
0
0
2
UBS Costa e Silva
9
0
0
9
UBS Cascata
1
0
0
1
USF Primeiro de Maio
0
0
0
0

           TOTAL

298
124
121
543
        Fonte: Finat – Ficha de Notificação de Acidente de Trabalho


            Temos um pequeno aumento em relação ao número de notificações registradas. Já em relação às doenças, há um aumento de 42,5% nas notificações advindas do CEREST, fato este que pode ser associado à melhora dos encaminhamentos. Chama atenção de que as Unidades de Saúde não conseguem fechar nenhuma suspeita e nem diagnóstico de agravo relacionado à Saúde do Trabalhador.

ACIDENTES DE TRABALHO REGISTRADOS ATRAVÉS DA FINAT, SEGUNDO CLASSIFICACAO DO AGRAVO NO MUNICÍPIO DE MARÍLIA EM 2016

CLASSIFICAÇAO
(Grau de Risco)
Nº. de Registros
MODERADO
  343 (63,2%)
GRAVE
  193 (35,5%)
FATAL
    07 (1,3%)
Total
543
                   Fonte: Finat – Ficha de Notificação de Acidente de Trabalho


Os acidentes moderados aumentaram em 22,5% enquanto os acidentes graves diminuem em 22%, diretamente proporcional a redução de Acidentes de Trajeto. O que nos chamou muita atenção neste ano particularmente foi o aumento de 250% para os acidentes fatais.
Os Acidentes de trânsito sofrem uma queda de 23% em relação aos anos anteriores, sendo esta atribuída ao empenho da Política Estadual, bem como municipal na redução destes agravos. A nossa atuação foi viabilizar o projeto de “Redução de Acidentes de Trânsito” em alguns setores produtivos, uma vez que outros já haviam realizado algum tipo de ação.
Do total de acidentes moderados, 30 destes foram identificados através do Sindicato da Alimentação por meio de abertura de CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho).
Em relação ao preenchimento dos SINAN’s gerados pelas Unidades de Saúde temos um total de 22 fichas, realizados pelas UBS’s: Alto Cafezal (7), Planalto (5), JK (1), Costa e Silva (1) e Nova Marília (1); das ESF’s são: Marajó (2), Santa Augusta (2), Parque dos Ipês (1) e Santa Paula (1); e UAS Santa Antonieta (1) que representa um número pequeno com relação ao total de notificações.
Em relação ao total de registros oficiais registrados temos: 117 LER/DORT, 07 Transtornos Mentais, 01 PAIR, 253 Acidentes por material biológico e 01 Intoxicação Exôgena e 289 Acidentes Graves, Fatal e com menores de 18 anos. Lembrando que estes dados foram selecionados por local de residência e notificação município de Marília.
Em relação às ações de vigilância realizadas pelo Cerets quanto investigação através das fichas de SINANs advindas do HC conseguimos identificar que de 154 fichas, 28 fichas ou seja, 18% destas não foram possíveis de investigação devido informações incompletas, endereços incorretos e pacientes não encontrados. Realizamos 126 investigações, onde 120 (78%) resultaram o preenchimento completo da ficha e 6 (4%) não foram classificadas como acidente de trabalho.
  Foram realizadas 35 inspeções em ambiente de trabalho, 15 inspeções geradas através de notificação do SINAN ao CEREST, 09 geradas pelo Ministério Público do Trabalho de Bauru, 04 delas por meio de denúncia e 07 para estabelecimento de Nexo Causal.
Com relação aos acidentes graves, foram notificados e registrados em banco de dados 193 acidentes, sendo estes divididos em: fratura (154), amputação (11), contusão (08), queimadura (06), FCC (05), esmagamento (02), politraumatismo (02), lesão ocular (02), perfuração (01), entorse (01), TCE (01).
           
ACIDENTES DE TRABALHO REGISTRADOS NO CEREST, SEGUNDO SEXO E TIPO DE ACIDENTE NO MUNICÍPIO DE MARÍLIA NO ANO DE 2016
  
SEXO
TÍPICO
DOENÇA
OCUPACIONAL
TRAJETO
TOTAL
FEMININO
64
83
44
191
MASCULINO
234
41
77
352
TOTAL
298
124
121
543
  Fonte: Finat - Ficha de Notificação de Acidente de Trabalho

As causas mais recorrentes de registro de acidentes envolvendo o sexo feminino em relação a LER/DORT são: movimentos repetitivos no desenvolvimento da atividade laboral (46%) e ritmo excessivo no trabalho (32%), totalizando 78% dos registros. Com relação à ocupação, 11% empregadas domésticas nos serviços gerais e 29% são faxineiras, ou seja, 40% destas estão relacionadas, de acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE, com o serviço de empregado doméstico em residência. Supõe-se que estes dados são reflexos da nova situação trabalhista, que alterou o regime de contrato da empregada doméstica trazendo novos encargos trabalhistas que causaram demissões e as mesmas passaram a ser faxineiras, que ao nosso olhar trata-se de uma atividade laboral considerada pesada. 

ACIDENTES DO TRABALHO REGISTRADOS ATRAVÉS DA FINAT, SEGUNDO FAIXA ETÁRIA E TIPO NO MUNICÍPIO DE MARÍLIA EM 2016

                 
Faixa Etária
TIPO
   TÍPICO     DOENÇA   TRAJETO
Quantidade de Acidentados
14 – 19 anos
31
00
14
45
20 – 24 anos
42
06
27
75
25 – 29 anos
34
04
16
54
30 – 34 anos
30
16
20
66
35 – 39 anos
39
10
12
61
40 – 44 anos
35
22
10
67
45 – 49 anos
32
31
10
73
50 – 54 anos
27
16
04
47
55 – 59 anos
14
15
03
32
60 – 64 anos
10
04
05
19
65 ou +
04
00
00
04
Total
298
124
121
543





Fonte: Finat – Ficha de Notificação de Acidente de Trabalho

            Dos acidentes ocorridos com menores 18 anos, cinco deles ocorreram no trajeto, sendo um trabalhador de 15 anos, um de 16 anos e três de 17 anos.  Nos doze acidentes (típicos), sete foram com trabalhadores de 16 anos e cinco com de 17 anos.  
Ao realizar uma análise dos acidentes ocorridos com trabalhadores menores de 18 anos, observa-se a prevalência dos acidentes típicos, sendo eles (70%), enquanto (30%) foram no trajeto. Vale ressaltar que o número de acidentes com jovens diminuiu em concordância com a queda do número total de acidentes registrados pelo CEREST no ano de 2016 se comparado ao ano anterior.
O ramo de atividade que mais emprega os trabalhadores jovens que se acidentaram continua sendo os Supermercados (Comércio).
 Sabemos que no Brasil é permitido o trabalho para os maiores de 16 anos, entretanto esses não podem exercer trabalho noturno, insalubre ou perigoso, até que completem 18 anos. Para maiores de 14 anos é permitido trabalhar sob condições especiais monitoradas por instituições profissionalizantes que oferecem o trabalho em condição de aprendiz (EC nº. 20/1998).
Ao avaliarmos nosso banco de dados, constatamos que o jovem acidentado de 15 anos está inserido no mercado informal, ou seja, sem vínculo com instituições profissionalizantes que oferecem o trabalho na condição de aprendiz. Estes casos são mais difíceis de intervir, pois geralmente estão locados em empresas familiares que fazem uso da mão de obra infantil por meio de um discurso que confere ao trabalho caráter protetor e disciplinador. Já os jovens de 16 e 17 anos, estão inseridos no mercado formal, porém, ao analisar os acidentes ocorridos, notamos que estão desempenhando atividades práticas, sem licença ou autorização as quais deveriam ser ministradas apenas por jovens de dezoito a vinte e quatro anos.




ACIDENTES DE TRABALHO FATAIS REGISTRADOS NO CEREST, OCORRIDOS EM MARÍLIA NO ANO 2016

Número
Diagnóstico
01
ASFIXIA POR CORDA (PESCOÇO) – ACIDENTE TÍPICO
02
ASFIXIA POR VAZAMETO DE GÁS – ACIDENTE TÍPICO
01
ESMAGAMENTO DO TÓRAX           – ACIDENTE TÍPICO
01
TCE PROVOCADA P/ COLISÃO  – ACIDENTE TRAJETO
01
TCE PROVOCADA P/ EXPLOSÃO  – ACIDENTE TÍPICO
01
TCE PROVOCADA P/ AGRESSÃO  – ACIDENTE TÍPICO
Fonte: Finat – Ficha de Notificação de Acidente de Trabalho

            Dos acidentes com óbito notificados, apenas no caso do acidente de trajeto não realizamos intervenção no local da ocorrência, porém através da visita domiciliar realizamos orientações cabíveis ao caso. Nos outros casos foram realizadas orientações técnicas (alterações de estratégias na realização da atividade laboral, adoção de barreiras e outras medidas protetivas) e educativas com o objetivo de evitar novas ocorrências.

ACIDENTES DE TRABALHO SEGUNDO O RAMO DA ATIVIDADE, DETERMINADO PELO CÓDIGO NACIONAL DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS – CNAE
 OCORRIDOS EM MARÍLIA NO ANO DE 2016
      
Ramo da Atividade
Quantidade
Porcentagem
Agricultura, Pecuária, Prod. Florestal, Pesca
11
2,0
Indústria Extrativa
00
0,0
Indústrias de Transformação
146
27,0
Eletricidade e Gás
00
0,0
Água, Esgoto, Ativ. de Gestão de Resíduos
06
1,1
Construção Civil
57
10,5
Comércio em Geral e Reparação de Veículos
122
22,5
Transporte, Armazenagem e Correio
16
3,0
Alojamento e Alimentação
24
4,4
Informação e Comunicação
04
0,7
Ativ. Financeiras, de Seguros e Serviços
07
1,2
Atividades Imobiliárias
02
0,4
Ativ. Profissionais, Científicas e Técnicas
07
1,3
Ativ. Administrativas e Serviços Complem.
26
4,8
Administração Pública, Defesa e Seguridade
26
4,8
Educação
10
1,8
Saúde Humana e Serviços Sociais
31
5,7
Artes, Cultura, Esporte e Recreação
05
0,9
Outras Atividades e Serviços
14
2,6
Serviços Domésticos
29
5,3
Total
543
100,0%
        Fonte: Finat – Ficha de Notificação de Acidente de Trabalho

De acordo com o CNAE, os ramos de atividades que mais expõe os trabalhadores ao risco tanto de acidentes quanto às doenças ocupacionais vem se repetindo nos últimos anos:
1)    Indústrias de Transformação, com 146 (27%) acidentes;
2)    Comércio, com 122 (22,5%) acidentes; e
3)    Construção Civil, com 57 (10,5%) acidentes.
Os três ramos representam 60% das notificações de acidente de trabalho no município de Marília e dentre os riscos de acidentes, 70% deles são ocasionados por agentes mecânicos. Desta forma, serão apresentadas a seguir, dentre as causas mecânicas, quais têm maior incidência dentro dos três ramos de atividade com maior número de acidentes registrados. 
No segmento Indústria de Transformação as que tiveram a maior incidência foram: máquinas e equipamentos (29%), seguidos por trânsito (27%), queda de objetos, colisão contra objetos e outras causas, cada uma delas representando 10% do total de registros. Já no Comércio, os acidentes mais registrados foram relacionados aos acidentes de trânsito (42%), seguido por máquinas e equipamentos (19%) e por quedas de altura (6%). No setor da construção civil os acidentes com maior registro foram relacionados a queda de altura (36%), seguido por queda de objetos (23%) e por máquinas e equipamentos (16%) .
 Diferente dos anos anteriores, onde a maior incidência de acidentes nos três ramos de atividade em destaque tinha como causa o acidente de trânsito, o único setor em que a causa trânsito ainda se destaca é no Comércio.
           
AÇÕES LOCAIS, MATRICIAMENTO E REGIONAL 
                       
                        No âmbito do fortalecimento da articulação intra-setorial foi realizada sensibilização de 24 profissionais da vigilância sanitária do município de Marília para a incorporação das práticas de avaliação, controle e vigilância dos riscos ocupacionais existentes nas empresas e estabelecimentos. Foi um encontro com cada área regulada e também foi instituída uma agenda periódica.
                        Foram mantidos encontros periódicos também neste ano com os profissionais da atenção básica, vigilância sanitária e vigilância epidemiológica dos municípios da área de abrangência do CEREST.      Do total de municípios que compõe o território de abrangência do CEREST, apenas 13 municípios participaram. Alguns fatores podem ter contribuído para este fato como a epidemia de dengue e a restrição de gastos com viagens por parte das administrações municipais e falta de incentivo da gestão para participação.
            Segundo dados fornecidos pelo GVE Marília e GVE Assis no ano de 2016 foram realizadas 846  notificações de agravos relacionados à saúde do trabalhador na área de abrangência do CEREST.




        

CAPACITAÇÕES, TREINAMENTOS E EVENTOS

1.            Sensibilização da Coordenação e Equipe da UPA – Norte de Marília quanto ao diagnóstico e notificação dos agravos relacionados à saúde do trabalhador;
2.            Sensibilização das portas de entrada do município de Chavantes quanto a  identificação, diagnóstico e notificação de casos de agravos relacionados ao trabalho e estabelecimento de fluxo no município;
3.            Sensibilização das equipes de NASF quanto ao Programa Municipal de Saúde do Trabalhador e pactuação de fluxos de encaminhamentos para os casos identificados;
4.            Sensibilização da Equipe da VISA municipal em relação á implementação das ações de saúde do trabalhador na rotina de trabalho e estabelecimento de espaço permanente para discussão.
5.            No dia 28 de abril: distribuição de materiais educativos para sensibilização ao dia;
6.             Realização de encontros periódicos com 08 municípios da CIR Ourinhos e 06 municípios da CIR Marília com enfoque no acompanhamento das atividades implementadas de Saúde do Trabalhador com as vigilâncias (cerca de 34 participantes);
7.            Capacitação dos profissionais da Atenção Básica da CIR Ourinhos em Saúde do Trabalhador;
8.            Participação e Acompanhamento dos Fóruns de Acidentes do Trabalho;
9.            Ações Estratégicas de sensibilização quanto ao Programa de erradicação do Trabalho Infantil, juntos aos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) Leonel Brizolla de Marília;
10.         Participação de reuniões do Comitê Regional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas de Marília e Região;
11.         Retomada do Projeto voltado para o trânsito, com a participação de encontro na CIESP;
12.         Recepção e sensibilização dos alunos do Programa de Educação para o Trabalho (PET) Trampolim – SENAC;
13.         Participação nas SIPAT: em Marília na empresa de alimentos Ikeda, SESl e empresa ECP no município de Garça;
14.         Ministramos palestra na Universidade Católica de Marília – curso de Engenheiros de Produção;
15.         Ministramos Palestra no município de Vera Cruz no Projeto GURI;
16.         VII Encontro Nacional das Comissões Intersetoriais de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora – São Luiz do Maranhão;
17.         Participação na II Reunião conjunta com de Saúde Mental e Saúde do Trabalhador;
18.         Participação do Encontro Estadual das Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, representante da Saúde do Município de Marília;
19.         Participação do I Seminário Internacional de Ergonomia da atividade – questões de saúde e segurança no trabalho;
20.         Capacitação do profissional de Psicologia e Fonoudiologia na abordagem a violência Infantil;
21.         Participação como Delegado Nacional no Encontro sobre as devolutivas das propostas da IV Conferencia Estadual de Saúde do Trabalhador e IV Conferencia Nacional de ST.
22.         Apresentação de Trabalho no XVI Congresso Nacional ANAMAT 2016;
23.         Participação na Oficina Atenção Integral a Saúde do Trabalhador no SUS: Reflexões sobre a assistência ao trabalhador;
24.           Participação ativa na Comissão de Erradicação ao Trabalho Infantil da Secretaria Municipal de Assistência Social de Marília;
25.         Participação de Projeto do Comitê Regional da Zona SUL – Marília sem Dengue: Segurança no Trabalho dos catadores de recicláveis;
26.         Visita Técnica dos alunos da ETEC – Escola Técnica Estadual Antônio Devisate de Marília;  
27.         Palestras ministradas durante o Projeto de Integração Ensino Serviço: Unimar e UNESP;
28.         Apresentação de Trabalho do V Fórum Trabalho e Saúde – Terceirização, precarização do trabalho e saúde do trabalhador no Brasil;
29.         Ministramos Palestra sobre Ergonomia e Ambiente de Trabalho no CEO- Centro de Especialidades Odontológicas.
30.         Ministramos uma palestra na ABHU durante a Programação do movimento Abril verde.
31.         Participação no Curso “Atuação Fonoaudiológica no Serviço Público”,
32.         Participação na Campanha Nacional de Alerta ao Zumbido com panfletagem nos dias 30/11 na UNESP e 01/12 no CEREST,
33.         Capacitação da profissional fonoaudióloga em BERA na UNESP,
34.         Matriciamento na UBS Bandeirantes na área de fonoaudiologia com o objetivo de orientações sobre a PAIR por conta da subnotificação.  





PROPOSTAS PARA 2017
1.            Fomentar discussões na Comissão do PETI para elaboração de estratégias para diante dos dados encontrados na ação de reconhecimento dos agravos de saúde do trabalhador na rede de ensino com os trabalhadores;
2.            Expandir o projeto de matriciamento da Atenção Básica e, Saúde do Trabalhador no município de Marília, considerando as Unidades com alunos para reforçar a integração ensino serviço e Unidades que não realizaram nenhum encaminhamento para o Cerest no ano de 2016 (Argolo Ferrão, Avencas/Amadeu Amaral, Flamingo, Três Lagos, Vila Barros e Santa Antonieta II e III)
3.            Ampliar as estratégias de captação de suspeitos de agravos relacionados ao trabalho na atenção primária e secundária em relação às perdas auditivas, dermatoses, saúde mental durante o matriciamento nas Unidades para identificar casos novos;
4.            Contratação de prestadores para a realização de exames complementares de acordo com a demanda atual;
5.            Manutenção do apoio técnico para o desenvolvimento e implementação de programa para aprimorar o registro e análise do banco de dados do acolhimento e Notificação com consultoria externa;
6.            Para a Vigilância dos acidentes implantar planilha para registro das inspeções bem como elaborar relatório de nexo e fazer os encaminhamentos necessários (prontuário e empresa);
7.            Prosseguir com a educação permanente nos municípios integrantes da CIR Ourinhos e CIR Marília (AB e Vigilância);
8.            Propor reunião com a Vigilância Epidemiológica com os Hospitais e Pronto Atendimentos para promover a integração da Saúde do Trabalhador no processo  de Vigilância em Saúde realizando devolutiva das notificações (Intensificar notificação do privado);
9.            Discussão com VE para propor a descentralização do SINAN, proporcionando o registro da unidade notificante na abertura do SINAN e Estabelecer fluxo dos ATs Biológicos para termos acesso as informações;
10.         Realizar sensibilização das instituições que estão vinculadas ao Programa Menor Aprendiz quanto aos riscos de acidentes com esses trabalhadores;
11.         Viabilizar o Sistema de captação dos recursos de penalidade advindos do ato administrativo realizado pelo Cerest;
12.               Promover espaço junto a CIST de discussão e elaboração de estratégias frente aos indicadores apontados neste relatório relacionados à subnotificação dos agravos. (Discutir sobre o envio das CATs pelos Sindicatos).   
13.         Organizar o VI Encontro Regional de Saúde do Trabalhador;
14.         Organizar as atividades do dia 28 de Abril – Dia Mundial em memória as vítimas de Acidentes de trabalho;
15.      Dar continuidade na divulgação de dados de vigilância em saúde do Trabalhador no Blog e outro meio de comunicação (e mails das Unidades de Saúde);
16.         Avaliar os novos programas implantados referente aos bancos de dados do acolhimento e Notificação Rápida trimestralmente;
17.         Intensificação da realização de visita de nexo para os pacientes que estão em atendimento neste serviço e elaborar critérios para atribuição ou não de nexo;
18.         Capacitar Controle Social (COMUS e CIST) quanto a Política de Saúde do Trabalhador;
19.         BPA rever registros de informações:
- Implantar forma de registro dos procedimentos de terapia ocupacional realizados pelos estagiários para que tenhamos produção;
- Padronização do uso dos códigos para Educação em saúde do Trabalhador e Educação em Saúde;
- Implantar a planilha para registro de procedimentos da gestão.
20. Avaliar o motivo de ausência dos pacientes para começar a escola da coluna;
21. Realização de palestras durante o ano com temas vaiados para os profissionais de saúde de Marília e Região;
22. Acompanhar o indicador de ST em 2017 promovendo ações para o cumprimento da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde;
23. Promover estudo epidemiológico dos agravos registrados no SINAN na abrangência do CEREST com intuito de rever subnotificação devido o entendimento dos critérios necessários para abertura da ficha.

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