sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Pensando bem... e além, muitos assuntos atuais estão ligados à Saúde do Trabalhador

Recentemente, duas importantes notícias ganharam as páginas de jornais e os noticiários de TV: a contaminação do médico, a serviço de forças humanitárias na África com o vírus Ebola e a morte do ex-candidato à presidência do Brasil Eduardo Campos. 

Atendimento a paciente com Ebola (Reuters)
Local do Acidente (Ricardo Nogueira/ O globo)


A primeira notícia fora divulgada nos últimos dias do mês de julho, relatando que um médico americano, Kent Brantly, fora contaminado pela doença ao trabalhar no combate a epidemia de Ebola a serviço da organização humanitária Samaritan's Purse. Diagnosticado com febre hemorrágica na Libéria, foi colocado em quarentana em um hospital em Monróvia. 





A segunda notícia surpreendeu o país, no início de agosto. Em um procedimento de aproximação para aterrizar o jato particular do candidato caiu no bairro Boqueirão em Santos, litoral de São Paulo.
Nosso objetivo não é explorar as trágicas características das notícias, nem mesmo, as conotações políticas envolvidas especialmente na morte de Campos.                                    




MAS O QUE ISSO TEM A VER COM SAÚDE DO TRABALHADOR? 

Nosso objetivo é chamar atenção para a relação das notícias e questões relacionadas à saúde do trabalhador. O tema segurança e saúde do trabalhador, nos parece distante de nossa realidade, não nos afeta, não nos atinge, ao menos que algum acidente ou agravo nos acometa.
Porém, o temor da expansão de uma epidemia e as mudanças provocadas pela morte de um candidato às eleições presidenciais, por acidente de trabalho afetam indiretamente a todos da sociedade.
Sim, ambos os casos ocorreram com homens a trabalho. 
O médico Kent Brantly fora vítima de um risco biológico pertinente às suas atividades laborais, e hoje sofre os sintomas de um acidente de trabalho típico à sua profissão. Já o candidato em campanha, o fotógrafo Alexandre da Silva, o assessor Carlos Augusto Leal Filho (Percol), Pedro Valadares Neto, também assessor e Marcelo Lira, staff da campanha, faleceram por um acidente de trajeto. Estavam todos indo à um reunião de campanha. Os pilotos Geraldo da Cunha e Marcos Martins, foram vítimas fatais de um acidente típico. 
Explicando de maneira mais cuidadosa, a legislação define como acidente de trabalho aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou instituição ou pelo exclusivo exercício do trabalho - no caso de autônomos, que provoque lesão corporal ou perturbação funcional, permanente ou temporária, que cause a redução ou perda da capacidade para o trabalho ou mesmo a morte do trabalhador. Equiparam-se ao acidente de trabalho, o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, possa ter contribuído diretamente para a ocorrência da lesão; assim como a doença proveniente da contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; e o acidente sofrido a serviço da empresa ou no trajeto entre a residência e o local de trabalho do trabalhador e vice-versa. 
Portanto, as notícias divulgadas, foram acidentes de trabalho, que se caracterizam de maneira diferentes, mesmo quando pertencentes ao mesmo acidente, como aconteceu com a equipe do ex-candidato à presidência. Ainda de acordo com a legislação, acidentes típicos são decorrentes da característica da atividade profissional desempenhada pelo acidentado. Já os acidentes de trajeto são corridos no trajeto entre a residência e o local (ou locais) de trabalho do trabalhador.
Estes acidentes, compõe as estatísticas drásticas de acidentes de trabalho ocorridos no país e no mundo, tal qual os acidentes dos Pedros, Marias, Joãos, Paulos, e Aparecidas, com quem as equipes de saúde tem contato frequentemente. 


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