quinta-feira, 28 de agosto de 2014

CEREST Regional Marília no SIAPAT em São Paulo


O CEREST Marília, através de sua supervisora a Enfermeira Luciana Caluz Carvalho Pereira e do Engenheiro de Segurança do Trabalho, Cristiano Marques da Silva, está participando do 1º Seminário Internacional de Análise e Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIAPAT), em São Paulo-SP. O Seminário é uma continuidade e aprofundamento das atividades do Fórum de Análise e Prevenção de Acidentes de Trabalho que completará nesta ocasião seu 42º Encontro Presencial e conta com o apoio e participação ativa de várias instituições que atuam na área como a DVST/CVS/SES-SP e CEREST Estadual SP; CEREST Piracicaba; FUNDACENTRO; Ministério Público do Trabalho da 15ª Região; ANAMATRA.
Segundo informações dos organizadores, o objetivo do evento é discutir aspectos atuais de pesquisa e políticas públicas de prevenção de acidentes, estimular reflexões visando a renovação de agendas dedicadas ao tema e estreitar laços de cooperação com colegas de outros países. Pretende ainda ser oportunidade de difundir a abordagem sócio técnica sistêmica sobre a compreensão dos acidentes de trabalho, em crítica às abordagens reducionistas do erro humano que buscam transferir às vítimas a responsabilidade e a culpa por estes eventos. Pretende-se destacar as experiências brasileiras e de pesquisadores de diversos países do mundo no campo da análise, da vigilância, da aprendizagem organizacional e das intervenções.
Também destacamos que a iniciativa será uma oportunidade de repensar a agenda de pesquisa e da atuação das universidades brasileiras mais envolvidas com estudos do tema, bem como das instituições e dos profissionais que lidam com o desafio da prevenção em suas atividades cotidianas.
O evento conta com uma platéia integrada por pesquisadores, estudantes, profissionais dos quadros técnicos científicos das instituições parceiras, representantes de trabalhadores, e outros profissionais que lidam no cotidiano com os desafios da prevenção. E nesta platéia também estão presentes os profissionais do CEREST Marília. 
O CEREST, busca participar frequentemente das edições dos fóruns de Análise e Prevenção de Acidentes do Trabalho como uma forma de aprendizagem permanente atráves das informações divulgadas e das reflexões realizadas durante estes encontros com temas muito pertinentes à area de saúde do trabalhador. 

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

CEREST na SIPAT do STIAM

Parte da equipe do CEREST participou com ouvinte da Semana Interna de Prevenção de Acidentes (SIPAT) do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação de Marília (STIAM). A supervisora do CEREST Luciana Caluz, participou compondo a mesa de trabalho do evento. A parceria com o STIAM se fortalece a cada trabalho conjunto e se concretiza com a participação do Sindicato na composição da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador (CIST), vida longa à parceria!

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Coletores de Lixo

Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente, são áreas interligadas e importantes em qualquer ação de saúde. Estes temas associados à educação infantil, se transformam em um espaço potencial para uma melhoria imediata das condições de vida  em sociedade e são base para um futuro social diferente. 
Por isso, trazemos aqui a importante ação desenvolvida em 2010 pela Fundacentro, CEREST Estadual e outros CERESTs paulistanos que através de um trabalho realizado com crianças da rede pública de ensino, resultou em uma cartilha, chamada "Coletor de Lixo: Quem é Esse?", cheia de belos desenhos coloridos, que permite a pessoas de qualquer idade, compreenderem o trabalho, os riscos e potencialidades do trabalho dos coletores de lixo para o meio ambiente. 
A cartilha amplia nosso conhecimento e consciência quanto à função da coleta de lixo e da vida, saúde e segurança dos coletores. 

Confira aqui no link o atalho para download da cartilha completa disponível no site da Fundacentro. 

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Mãos à obra!

Foto tirada por Carla Freitas de Conti

A equipe do CEREST já está se dedicando aos preparativos do IV Encontro Regional de Saúde do Trabalhador com o tema: "Vigilância em Saúde do Trabalhador" que será realizado em outubro!
Em breve, maiores informações aqui no blog! AGUARDEM!

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Material de Apoio em Vigilância de Ambientes de Trabalho para equipes de vigilância da região de Ourinhos

Está saindo do forno, o material que irá apoiar o processo de capacitação de 12 municípios da região de Ourinhos na formação continuada para atuação em Vigilância à Saúde e Segurança em Ambientes de Trabalho.

Um CD com as principais apresentações de power point da capacitação, legislações e protocolos, e um guia básico e explicativo que apoiará a realização de visitas e relatórios das inspeções realizadas!!!

É o CEREST Regional Marília, buscando realizar seu papel de pólo irradiador de conhecimento em Saúde do Trabalhador, da melhor maneira, e fazendo o possível para estarmos mais próximos das equipes  na realização de inspeções de qualidade!


segunda-feira, 11 de agosto de 2014

TODOS JUNTOS NA ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL, mas agora VIA CELULAR!

Queridos leitores do Blog do CEREST Regional Marília, olha que interessante a dica dada pela fisioterapeuta do CEREST Cristiane Fujinaga: Um aplicativo que colabora com a proteção de crianças e adolescentes!!!!  E que pode ser utilizado em ações de vigilância às ocorrências de trabalho infantil, e de outras formas de violência como sexual, psicológica, tortura...   A iniciativa de elaboração do aplicativo é da Unicef e outros importantes parceiros... 
O Proteja Brasil é o aplicativo para iPhone ou celular com sistema Android criado para facilitar denúncias e informar sobre violência contra crianças e adolescentes. A partir do local onde o usuário está, o Proteja Brasil indica telefones e endereços e o melhor caminho para chegar a delegacias especializadas de infância e juventude, conselhos tutelares, varas da infância e organizações que ajudam a combater a violência contra a infância e adolescência nas principais cidades brasileiras. Como funciona...
O aplicativo facilita a denúncia em 3 simples passos, sem te expor e mantendo o sigilo de sua denúncia sempre.
                                                                                   
CONFIRA AQUI O LINK DO APLICATIVO PROJETA BRASIL!              FAÇA O DOWNLOAD! 

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Força Sindical e CEREST o fortalecimento de uma parceria!

Na manhã de hoje, a sala de reunião do CEREST recebeu parceiros importantes às ações de saúde do trabalhador. Numa reunião que uniu, CEREST, CIST e Força Sindical, buscou-se discutir assuntos pertinentes a execução de ações em saúde do trabalhador no município de Marília com o intuito de fortalecer a implementação da Política de Saúde do Trabalhador no município, através da articulação interstorial com os representantes do movimento sindical. O CEREST agradece a disponibilidade e a parceria dos que estiveram aqui presentes!

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Notícia comentada na região de Marília tem relação com Saúde do Trabalhador


O caso do morador de Lins-SP, que anotou a derrota da Seleção Brasileira para Alemanha na Copa do Mundo do Brasil, em um diário, chamou atenção da equipe do CEREST Regional de Marília. 
O senhor Otávio Aparecido Costa Sanches de 53 anos, guarda lembranças em cadernos, devido a lesão no cérebro. A perda de memória retrógrada, faz com que seu Otávio, só se lembre de fatos ocorridos há até sete dias. 
Mas o que nos chamou atenção no caso é que a lesão que pode ter sido causada por intoxicação de agrotóxicos a base de organofosforado.

Confira a reportagem do G1 sobre o caso:

Homem sem memória usa diário para não esquecer vexame do Brasil

Morador de Lins guarda lembranças em cadernos.
Lesão no cérebro pode ter sido causada por agrotóxicos.

Ana Carolina Levorato e Geraldo Jr.
Do G1 Bauru e Marília
Aposentado de Lins usa cadernos para guardar lembranças do cotidiano (Foto: Ana Carolina Levorato / G1)Aposentado usa cadernos para guardar lembranças do cotidiano (Foto: Ana Carolina Levorato / G1)
O vexame protagonizado pela Seleção Brasileira diante da Alemanha na última terça-feira (8) assombrará uma geração de brasileiros pelo resto da vida. Mas, para um morador de Lins (SP), a derrota já é uma lembrança distante e, daqui a pouco, simplesmente deixará de existir. O aposentado Otávio Aparecido Costa Sanches, de 53 anos, sofre de perda de memória retrógrada e só se lembra de fatos ocorridos há até sete dias.
Otávio mostra a anotação do dia do jogo da Seleção Brasileira (detalhe na foto abaixo) (Foto: Arquivo Pessoal)
Otávio mostra a anotação do dia do jogo 
[detalhe na foto abaixo] (Foto: Arquivo Pessoal)
Para contornar o problema, ele faz centenas de anotações diárias, que vão desde assuntos corriqueiros até tópicos mais marcantes, como o placar de 7 a 1 para a Alemanha. “Hoje [quinta-feira, 10] eu ainda tenho algumas lembranças do jogo, mas a minha impressão é que aconteceu há uns quatro meses, então é tranquilo. Sempre vou saber que teve esse jogo e esse resultado, mas não vou ter a sensação de ter vivenciado. Acho que isso é bom”, afirma.
A anotação a respeito do fatídico jogo é a única sobre o tema a constar em seus diários. "Acho que não me importo muito com isso [Copa do Mundo] porque eu não anotei nenhum jogo, esse foi o único. Mas mesmo com esse problema seria difícil esquecer, porque está toda hora na TV", brinca.
A "vantagem" de não sofrer com a maior derrota do Brasil na história da seleção é fruto de um drama que já dura dois anos. Otávio conta que o problema surgiu por conta de uma severa intoxicação causada por pesticidas, contraída nos anos em que trabalhou como agente de vetores.
No dia 8 de julho, Otávio anotou a derrota do Brasil na Copa do Mundo  (Foto: Arquivo Pessoal)
No dia 8 de julho, Otávio anotou a derrota do Brasil
na Copa do Mundo (Foto: Arquivo Pessoal)
Diagnóstico médico
O caso dele é acompanhado pelo Hospital das Clínicas da Unesp de Botucatu (SP). Segundo o hospital, um quadro de intoxicação por organofosforado foi diagnosticado pelo rastreamento do Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) da universidade.

Esse tipo de intoxicação, de acordo com o prontuário médico do paciente, ocorre normalmente com pessoas que trabalharam com o controle de pragas, usando inseticidas ou agrotóxicos e pode, entre outros sintomas, causar perda de memória.
O agente de vetores conta que começou a trabalhar no controle de pragas em 1994. Naquela época, a aplicação de inseticidas nos prédios públicos e em diversos locais era feita sem equipamentos adequados e sem um rodízio de serviço necessário. “Usávamos todos os tipos de pesticidas como, por exemplo, o mata-mato, hoje proibido em muitos lugares. Na época, nossas luvas e capacetes não ofereciam a proteção adequada. Usamos tênis por muito tempo até ganhar uma bota", lembra.
Em 2004, os sintomas apareceram na forma de uma alergia, acompanhada de dores de cabeça e lapsos de memória. “Eu estava na sala, de repente ia para o quarto e não lembrava como tinha chegado lá. É como se fosse um sonâmbulo, mas acordado. Já cheguei a ir dirigir na estrada até me dar conta de não perceber para onde estava indo", relata.
Otávio usa computador para estudar placas de carro (Foto: Ana Carolina Levorato/G1)
Otávio usa computador para estudar placas
de carro (Foto: Ana Carolina Levorato/G1)
Em 2010, o esquecimento piorou e os médicos de Lins diagnosticaram a doença de Mal de Alzheimer. Em seguida, Otávio foi aposentado por invalidez. No entanto, as centenas de cópias de exames e testes fazem o ex-servidor público desconfiar das causas da ausência de memória. “Eu passei por médicos em Bauru, Promissão, Lins e Botucatu. Foram 14 profissionais, mais ou menos. Eu sempre aceitei tudo o que eles diziam para mim, mas recebi tantos diagnósticos e tão diferentes que fica difícil aceitar o que eles dizem que acontece comigo”, desabafa.
Entre os diagnósticos recebidos, os que se destacam no diário do aposentado estão pseudodemência e até esquizofrenia. Entretanto, nenhuma das patologias foi confirmada na sua totalidade e nem apontam relação à hiperfusão temporal direita, uma lesão no cérebro comprovada pela intoxicação por organofosforado. “Já disseram que eu tenho inúmeras doenças, mas vários médicos também já desconfiaram de mim. Um deles chegou a perguntar se eu gostava de trabalhar. Se eu não gostasse, poderia ficar quieto em casa e não pedindo ajuda”.
Otávio anotou a entrevista que concedeu ao G1  (Foto: Ana Carolina Levorato/ G1 )
Otávio anotou a entrevista que concedeu ao G1
(Foto: Ana Carolina Levorato/ G1 )
Dias escritos
Por não se lembrar do nome das ruas, Otávio somente sai de casa na companhia de um dos filhos que ainda mora com ele e com a esposa. Após a aposentadoria, ele passou a se dedicar de forma intensiva aos diários, onde anota lembranças e informações relevantes – para ele – e aos quais quase ninguém tem acesso.

A ideia surgiu depois de ter ficado incomodado com as perguntas constantes de familiares e a ausência de memória para respondê-las. “Todo mundo me perguntava coisas que eu não sabia responder. Foi quando eu também percebi que não estava bem. Eles dizem que eu esqueço, então só acredito se estiver escrito no caderno. É uma defesa minha”, relata.
Segundo o aposentado, a falta de memória resultou em uma crise de depressão profunda combatida hoje com cerca de 10 medicamentos diários e atenção integral da família. “Fiquei angustiado demais em perceber que, para mim, o meu irmão não existe. Eu não me lembro de nada e imagino a dor que isso causa na minha família. Sei que eles querem o pai, o marido e o irmão de volta”, lamenta.
Além de escrever sobre tudo – incluindo a entrevista que concedeu ao G1 –, o aposentado também estuda diariamente. Ele passa manhã e tarde organizando arquivos com vários assuntos para manter as informações atualizadas sobre português, matemática, geografia e placas de trânsito.
“Se eu não vejo algo por muito tempo, não sei o que é. Como um relógio, por exemplo. Se alguém não me explicar, eu não me lembro para que serve. O mais difícil é recordar as operações matemáticas e entender o sentido das placas de trânsito. Além disso, também fico vendo a foto dos meus familiares no computador para não esquecer do rosto deles. Me dá uma angústia muito grande não me lembrar das pessoas. Sei como são as feições, mas não me recordo do jeito de cada um deles”, conta.
O Otávio está preparado para qualquer informação dos médicos, pois ele sabe que vai esquecer mesmo. Mas nós não. Nós precisamos de respostas"
Sueli Sanches, esposa de Otávio
A angústia de Otávio é compartilhada por sua mulher, Sueli Sanches, com quem é casado há 32 anos. “A gente tenta levar tudo na normalidade, mas é insuportável. Ele não se lembra do nome dos pais, não sabe andar por ruas que antes conhecia como a palma da mão, não se recorda do jeito do filho, entre outras coisas. É muito difícil", revela.
Intoxicação por organofosforado
Segundo o pesquisador e biólogo do centro Antônio Francisco Godinho, os sintomas sutis da intoxicação como, por exemplo, dor de cabeça e problemas na pele, fazem com que as pessoas não relacionem com uma doença de quadro grave.

Conforme estudos, a intoxicação por organofosforado devido a um acidente de trabalho ocorre, na maioria dos casos, por absorção cutânea (pela pele) ou respiratória, enquanto a ingestão oral é mais comum no envenenamento intencional. A morte após uma única exposição aguda pode ocorrer dentro de cinco minutos a 24 horas, dependendo da dose.
Biólogo afirma que pessoas não identificam sintomas de intoxicação (Foto: Reprodução/TV TEM)
Biólogo diz que pessoas não identificam sintomas
de intoxicação (Foto: Reprodução/TV TEM)
“As substâncias chamadas de agrotóxico atuam sob o sistema nervoso e são capazes de provocar várias alterações, como, por exemplo, problemas de locomoção, dificuldade de memorização e pode prejudicar também o coeficiente de inteligência”, afirma Antônio.
A exposição ao organofosforado é maléfica e o equipamento de proteção individual minimiza os danos, mas não impede que a pessoa que utiliza uma dose diária do produto não tenha problemas no futuro.  “As pessoas que trabalham com agrotóxicos devem procurar serviços especializados e médicos toxicologistas para fazer a análises de sangue. Eles, inclusive, devem procurar os laboratórios de forma preventiva”, afirma.
Otávio é acompanhado por médicos neurologistas do Hospital das Clínicas de Botucatu (SP). Os profissionais envolvidos no caso preferiram não dar entrevista, mas informaram, por meio da assessoria de imprensa, que o aposentado realmente afirma que não se lembra de nada com mais de sete dias, possuindo, portanto, um prejuízo de memória retrógrada.
Enquanto não recebe um diagnóstico definitivo, Otávio segue com a rotina de anotar em seus diários tudo o que acontece a sua volta. “Ele precisa de um diagnóstico mais convincente. Todos nós queremos saber o que há de errado com ele. O Otávio está preparado para qualquer informação dos médicos, pois ele sabe que vai esquecer mesmo. Mas nós, não. Nós precisamos de respostas”, diz Sueli.
Otávio conta com apoio da mulher Sueli para escrever os diários (Foto: Ana Carolina Levorato/G1)Otávio conta com apoio da mulher Sueli para escrever os diários (Foto: Ana Carolina Levorato/G1)
Link da reportagem do G1