quarta-feira, 9 de julho de 2014

PREVIDÊNCIA: O rombo está em outro lugar


O CEREST, teve acesso a interessante reportagem da Revista Caros Amigos, que explica com dados consistentes, possíveis motivos para o Rombo da Previdência.

O alegado déficit revela a tentativa de retirar direitos e esconde a realidade de um sistema de seguridade que arrecada mais do que gasta

Por Lilian Primi à Revista Caros Amigos

A Associação Nacional dos Auditores- -Fiscais da Receita Federal (Anfip) se prepara para lançar, em maio, o seu anuário de análise da Previdência, com dados relativos a 2013, um dos principais indicadores dos números da área de seguridade social. Mais uma vez, os estudos da associação irão indicar superávit nas contas da seguridade – que deverá atingir pouco mais de 80 bilhões de reais –, o que vem sendo registrado desde 2001. E, também mais uma vez, grande parte da mídia insistirá em destacar o “enorme rombo” no sistema pre- videnciário. “Com exceção de 2009, quando estávamos no auge da crise, o superávit tem ficado anualmente acima dos 50 bilhões de reais. Mas mesmo o Ministério da Previdência fica repetindo, a todo momento, que há déficit. Isso é uma grande mentira”, diz o vice-presidente de assuntos fiscais da Anfip, Vanderley José Maçaneiro. Em 2009 o superávit foi de 32,88 bilhões de reais.
Para entender a diferença de conceitos, quem fala em déficit da Previdência pega apenas os números da arrecadação do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e as despesas com benefícios, esquecendo que a Previdência faz parte do sistema de seguridade social, junto com saúde e assistência social, para o qual existem impostos e taxas arrecadados para seu financiamento, como a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), entre outros. E esse sistema é superavitário, como mostra a Anfip. Mas a turma que vive martelando o déficit não leva em conta essas outras fontes de recursos.
Ainda segundo a reportagem, também não se considera o interesse do grupo de empresários da Previdência Privada que por motivações óbvias têm interesse na desqualificação da Previdência Social Pública. E um grupo poderosa de investidores, que querem o Estado mínimo que garanta altas taxas de juros. 
A reportagem afirma que os recursos que não chegam ao sistema da previdência devido à sonegação e inadimplência. Ou seja, o trabalhador, não é o único responsável pelos gastos com a Previdência Social Pública, muito menos pelo seu financiamento. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário