quinta-feira, 19 de maio de 2022

18 de maio: Dia Nacional de Combate ao abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes

             A violência infantil no Brasil é um sério problema social a ser enfrentado pelos governos, entidades sociais e sociedade como um todo. Esse fenômeno pode deixar marcas em longo prazo, com consequências mentais, emocionais e físicas que se arrastam para a vida adulta, provocando um impacto profundo no desenvolvimento das crianças e adolescentes.

Nos primeiros meses de 2022, no município de Marília, retomamos as discussões com os nossos pares no sentido de efetivarmos uma rede de prevenção e proteção à violência infantil. Este grupo será devidamente oficializado como “Comitê de Prevenção e Proteção à Violência Infantil”.

            Neste sentido, é de suma importância estarmos atentos aos sinais de violência, que segundo o Ministério da Saúde/OMS, que conceitua: “Violência como o uso intencional da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha grande possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação” (KRUG et al., 2002, p.5).

Para a violência que acomete crianças e adolescentes, o Ministério da Saúde ainda define: “Quaisquer atos ou omissões dos pais, parentes, responsáveis, instituições e, em última instância, da sociedade em geral, que redundam em dano físico, emocional, sexual e moral às vítimas ”(BRASIL, 2001).

            Os tipos mais comuns de violência infantil são: Abuso financeiro e econômico / Violência patrimonial (Ato praticado por pais, responsáveis ou instituição que consiste na exploração imprópria ou ilegal e no uso não consentido de benefícios de prestação continuada recursos financeiros e patrimoniais, não custeando as necessidades básicas de crianças e adolescentes primordiais para o seu desenvolvimento saudável.); Adoção ilegal / Adoção à brasileira; Aliciamento sexual infantil on-line; Bullying; Cyberbullying; Discriminação; Exposição de nudez sem consentimento (sexting); Negligência e Abandono; Pornografia infantil; Tortura; Trabalho Infantil; Tráfico de crianças e adolescentes; Violência Física; Violência Institucional (Ação ou omissão de instituições, equipamentos públicos ou privados estabelecidos por lei ou intervenção arbitrária, autoritária ou excessiva de profissionais vinculados ao Estado que deveriam garantir a proteção de crianças e adolescentes.); Violência Psicológica; Violência Sexual.

            Nem sempre é fácil identificar os sinais de violência contra crianças e adolescentes. Muitas vezes predomina o silêncio já que grande parte das agressões são praticadas por pessoas próximas.


Os principais sinais de violência infantil;

Marcas na pele: lesões na pele são as mais aparentes e não podem ser ignoradas. Em casos de feridas, hematomas, e queimaduras, deve-se questionar o menor e seu cuidador sobre o ocorrido. Há algumas marcas evidentes de agressão, como de cintos, chinelos e outros objetos. Em caso de queimaduras, por exemplo, é muito diferente a causada porque a criança encostou a mão em algo quente e logo tirou, de uma pele muito queimada – um indicativo de tortura. Outro exemplo é marcas ovaladas de cigarro na pele, que podem indicar que ele foi pressionado contra a pele.

Atraso no desenvolvimento: crianças sem indicativos de doença neuromotora que de repente apresentam atraso de desenvolvimento, falavam e deixam de falar; passam a ter desenvolvimento motor muito aquém de sua idade (como dificuldades para andar).

Alterações alimentares: Perda de apetite ou compulsão alimentar.

Sinais Físicos que decorrem das lesões causadas pelo trabalho (mãos machucadas, dores nas costas, dor nas pernas, mãos com fastígios de produtos químicos entre outras.

Alterações comportamentais: Ansiedade, baixa autoestima, pesadelos frequentes, medo de determinadas pessoas, objetos e situações, dificuldades de socialização, aumento de casos de doenças e tentativa de suicídio também podem ser outros sinais.

  • Irritabilidade aumentada: crianças sem diagnóstico anterior de doença relacionada a mudança brusca de humor que se tornam agressivas ou sempre irritadas.

  • Medo de certas pessoas: o corpo demonstra repulso, com vômitos ou pavor ao se deparar com certas pessoas.

  • Dificuldade para dormir: a criança sente insônia ou passa a ter o sono alterado.

  • Perda do interesse em brincar: a criança para de se relacionar com amigos e parentes, fica isolada e com olhar vago.

  • Choro frequente: criança então alegre passa a demonstrar tristeza constante, dificuldade de encarar adultos e chora com frequência e sem motivo aparente.

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